terça-feira, 21 de julho de 2009

RenatoIsabeleRobertoLauraPapaiNoel. Eles continuam simpáticos. E eu não gosto disso.







sábado, 18 de julho de 2009

Férias...

Férias! Ou melhor, "...férias..." com o 's' quase desaparecendo...Mas viva a falta do que fazer, viva a internet que inventa de sumir nesse momento tão dificil da minha vida.
Preciso de dinheiro e livros. Livros para dizer que estou ocupado. E dinheiro para guardar. Para me sentir seguro. E feliz. E para esquecer que ainda faltam 2 semanas inteiras. Não que eu goste das aulas ou esteja de olho em ninguem- não mesmo!- a questão é que a rotina de acordar tarde e não pensar em prazos, cansa muito!
(Eles demoram tanto.)

Mas vou parar de cansar. Vou vestir roupinha nova para mostrar meus novos talentos. Minha meta eram três por dia. Fico feliz por ter atingido minha meta essa semana.
3x6=18. (Sim! Minha semana tem seis dias.)

(E é verdade. As mesmas caras anos e anos reproduzinho as mesmas matérias, Terminais rodoviários cheios no feriadão, Mais mortos nas BRs, o salário de dezembro só será pago em fevereiro, Receita de Peru, depois Receita para ficar rico ou Receita para arranjar marido em Ano Novo, Réveillon, Ressaca do réveillon, as mesmas coisas ditas do mesmo jeito. É chato. É estúpido. É aviltante. E as frases partidas dos repórteres, a pronuncia cheia de vírgulas? "O presidente PONTO disse PONTO aos jornalistas
PONTO que PONTO a PONTO situação PONTO está PONTO sob PONTO controle PONTO, Lilian.")

Trecho do livro "Um Certo Rumor de Asas", Walter Moreira Santos.

Para não perder o costume, mais uma mudança de assunto repentina; maré impede caminhar na areia da praia. Preciso voltar para a faculdade. Dois meses de férias... (com o 's' quase desaparecendo) não é pra mim.
(A esquerda, minha fase 'quero ser artista'.)

domingo, 5 de julho de 2009

Depois do Trabalho

De luto. Não pela morte de alguém que, na verdade, não conheço. Fico de luto pelo fato de acreditar que a chuva parece atingir a todos. E eu que pensava que alguns esperavam ela passar. Sim, a chuva uma hora passa e a gente pode atravessar a rua sem molhar nossa roupa. Mas, pensando bem, é só uma roupa. O que está por baixo da mesma é a essência, certo? Errado.
Quanta petulância! Eu falando se algo está certo ou errado. Nesse momento, me pergunto quantas vezes já me molhei. Mas, claro, ninguém viu. E outra, foi consciente, foi pelo desejo de saber como é. Não, não como um cigarro que a gente acende olhando as fotos de cadáveres atrás do rótulo dourado. Não! A coisa é mais complexa. Eu é que não vou tratar isso como um comportamento. Vou tratar como uma coisa. Não me atrevo a colocar letra maiúscula. Eu, definitivamente, não quero debates sobre o porquê dessa birra na grafia.
Engraçado. Pulando os parágrafos aleatoriamente a gente se pergunta o que divide os capítulos das nossas horas. São tantas coisas que a gente para pra pensar e se perde, tanta coisa que se perde. É isso! A chuva se perde. Sempre fiquei pensando nas gotas que caem sobre o meu ombro. Uma hora, ela vai acabar se reunindo as outras que descem pelo bueiro, que consomem nossas narinas. É nisso que dá morar numa cidade que, por vezes, cheira a esgoto.
Como as gotas da chuva, aquelas pessoas que não esperam, se perdem. Eu não. Espero a chuva passar e, mesmo sem adiantar, procuro uma lógica nessa correria. O pai morreu? O horário da consulta começou a 10 minutos atrás? Ou será que conseguem sentir que o prédio vai desabar? O filho espera na companhia da babá. Se não chegarem a tempo, tudo desaba. Ao contrário da chuva que dilui no meio de tanta água, de tanta lama, de tanto mar; ao contrário da chuva, os escombros do prédio vão ficar a espera da retro escavadeira- e de espera, eles não sobrevivem.
Como os ônibus que parecem dispensar marcha ré, a vida dos automóveis coletivos que no lugar das rodas, usam sapatos Datelli, Sergio’s, ou mesmo Di Santini- afinal, classe média baixa também entra na história das avenidas largas (e como entra!)- parecem tentar marcar o chão. Marca infalível de uma prestação no cartão de crédito. Eu quero saber se todos esses indivíduos baterem as botas. Caramba, as Casas Bahia vão falir. E a chuva, a santa chuva que se infecta com o esgoto, como volta ao doce rio que insistimos em agredir?
E é mais engraçado ainda. Os ciclos. As dores. Sim, dói perceber o quão limpo são os dentes; porem, o quão sujo são os pés. Mas é assim mesmo; a boca, a gente fecha; os pés, a gente sufoca. Quando queremos parecer felizes, abrimos aquele sorriso! Os pés continuam sufocados. Porem, a noite, em casa, eles conseguem respirar. Sim, os ciclos, os parágrafos, a morte, o ônibus, os pés e, claro, a água.
Pensando bem, ainda bem que eles não ficaram do meu lado na hora da chuva.