sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Tudo em mim toma outra proporção. É fácil achar que a gente sente um outro gosto. Mas eu tenho certeza. Aquele pequeno comentário significa mais do que se imagina. Bem, me desligo do mundo. Ou, pelo menos, tento.
Vou deixar os pelos crescerem. Deixar tudo um pouco mais natural, mesmo que esse meu conceito seja tolo. Mas eu sou tolo! E bem, isso tem que corresponder a minha pessoa, não?
Ah, as tentativas de ser outro pode ser a característica principal de alguém, e não vejo mal algum nisso. Tenho mais aversão aos que não são autênticos com seus desejos.
Eu não quero mais brincar. Desligo-me mais uma vez. O controle remoto volta a ser acionado e vou me aquecendo como uma tv antiga. Aquele som estranho, depois a voz bem articulada do jornalista e, mais uma vez, as cores. Mas os raios do sol teimam em bater na tela. Ninguém consegue me ver por inteiro. Rasteiro, eu saí. A energia acaba. Nem todos percebem. É dia. Quem vai se importar?
A noite é mais fácil, é mais visível, por isso não apareço. É certo que vão perceber a falta de energia. Ninguém vai cortar tomates, ninguém vai subir até o vigésimo terceiro andar. Cadê ele?

(Nem dia nem noite. Tarde.)